Na cidade de São Leopoldo os kaingangs vieram entre 1995 e 1996 para vender artesanato, eles vem em busca de trabalho, pois no campo a vida está difícil e o alimento escasso. Num primeiro momento eles ficam perto da rodoviária e após são deslocados para a vila do Toco, onde não são bem aceitos. Após pouco tempo vão para perto da BR 116.
Entre 2007 e 2008 são realocados e ajudam a escolher o novo local. No novo local eles se sentem confortáveis.
Com a mudança para um local permanente, cedido pela prefeitura e com 2,5 hectares de terras houve melhorias na qualidade de vida e na estrutura da habitação. O local foi cedido por 80 anos e espera-se que até essa data passar a FUNAI já tenha transformado em Terra Indígena.
Na comunidade todos falam a língua materna e o português. Alguns homens trabalham fora da comunidade como ajudantes de pedreiro. Foi feito um projeto com a Caixa onde eles fizeram o financiamento da casa própria e ganharam um curso de ajudante de pedreiro enquanto essas casas eram construídas. Hoje vivem na comunidade 146 pessoas divididas em 34 famílias, sendo 72 menores de 18 anos.
Alguns aspectos da cultura kaingang já não são mais praticados. Faltam matérias-primas para o artesanato e sua venda é insuficiente. Sofrem processos de exclusão históricos, demonstrando que a necessidade da implementação da Lei 11645/2008 - que assegura o ensino da História e Cultura dos povos indígenas no currículo escolar - é premente.
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